Curiosidades sobre Porto Alegre: As 5 maiores tragédias da história

Dentre as maiores curiosidades sobre Porto Alegre, não é possível esquecer as tragédias que assolaram a capital dos gaúchos. Ao longo dos anos, a cidade foi palco de tristes eventos, que deixaram marcas profundas em sua trajetória. A seguir vamos citar as cinco maiores tragédias da história de Porto Alegre, revelando os eventos trágicos que abalaram a cidade e como eles moldaram o seu desenvolvimento.

Conhecer esses episódios dolorosos é uma forma de compreender a resiliência e a capacidade de superação do povo porto-alegrense, bem como honrar a memória daqueles que foram afetados por essas tragédias. Prepare-se para uma jornada histórica e emocionante pelos momentos mais sombrios da capital gaúcha.

Enchente de 1941

Enchente de 1941
Imagem: Projeto Cores da Memória

A enchente de 1941 é um evento marcante na história de Porto Alegre. A cidade foi atingida por uma das maiores enchentes já registradas em sua história, causada por fortes chuvas que ocorreram entre os dias 26 e 29 de março daquele ano. A enchente afetou severamente a vida dos porto-alegrenses e deixou um rastro de destruição em seu caminho.

O Guaíba transbordou e alagou diversas áreas da cidade, principalmente o Centro Histórico. Bairros inteiros foram submersos, casas foram destruídas, pontes desabaram e a população enfrentou grandes dificuldades. A situação era caótica, com pessoas desabrigadas e a infraestrutura da cidade seriamente comprometida.

Durante a enchente, o centro histórico de Porto Alegre ficou praticamente ilhado, com a água atingindo níveis altíssimos. O Mercado Público, um dos principais pontos turísticos da cidade, também foi severamente afetado pelas águas, sofrendo danos significativos.

O episódio da enchente de 1941 despertou a necessidade de ações para prevenção e controle de enchentes na cidade. Desde então, foram implementadas medidas de infraestrutura, como a construção de diques e canais de drenagem, visando minimizar os impactos das cheias no futuro. Mas a obra mais simbólica é o Muro da Mauá, presente até hoje na cidade.

Incêndio nas Lojas Renner em 1976

Incêndio Lojas Renner Porto Alegre 1976
Imagem: Carlos Rodrigues

Em 12 de dezembro de 1976, um dos maiores incêndios da história de Porto Alegre ocorreu nas Lojas Renner, localizadas na Rua da Praia, uma das principais vias comerciais da cidade na época. O incêndio causou um impacto significativo não apenas nas Lojas Renner, mas também em outros estabelecimentos próximos.

O fogo teve início no último andar do edifício, rapidamente se espalhando devido aos materiais inflamáveis presentes nas mercadorias e móveis. As chamas consumiram grande parte do prédio, provocando uma densa fumaça negra que tomou conta do centro da cidade. O incidente causou pânico entre os pedestres e moradores locais, que assistiam horrorizados ao avanço do fogo.

A gravidade do incêndio fez com que os bombeiros da cidade mobilizassem um grande contingente para combater as chamas. O trabalho árduo das equipes de combate a incêndios ajudou a controlar o fogo, mas não sem consequências graves. Infelizmente, algumas vítimas perderam suas vidas e outras ficaram feridas durante o incidente.

Após o incêndio, as Lojas Renner foram reconstruídas e retomaram suas operações, adaptando-se às novas normas e regulamentos de segurança. O evento serve como um lembrete da importância contínua da segurança contra incêndios e da necessidade de medidas preventivas para proteger vidas e patrimônios em situações de emergência.

Incêndios ao Mercado Público

Incêndios ao Mercado Público
Imagem: Rhian Dantas

Os 153 anos de história do Mercado Público de Porto Alegre.

Infelizmente, o Mercado Público de Porto Alegre já foi alvo de diversos incêndios ao longo de sua história. Esses incidentes causaram danos significativos a esse icônico ponto turístico da cidade.

Um dos incêndios mais conhecidos ocorreu em 1976. Em 6 de julho daquele ano, um grande fogo irrompeu no Mercado Público, resultando na destruição de boa parte do prédio. Esse incêndio teve origem em uma loja de artigos religiosos localizada no interior do mercado. As chamas se espalharam rapidamente, e o fogo consumiu grande parte da estrutura histórica do edifício.

Após o incêndio de 1976, o Mercado Público passou por um processo de reconstrução e restauração. O projeto de revitalização buscou preservar ao máximo as características originais do prédio, mantendo seu estilo arquitetônico neoclássico.

Infelizmente, o Mercado Público foi novamente atingido por um incêndio em 2013. Em 6 de julho daquele ano, exatamente 37 anos após o incêndio anterior, as chamas se alastraram mais uma vez pelo mercado. O fogo começou em um dos estabelecimentos e se espalhou rapidamente, causando danos consideráveis em diversas partes do edifício.

Após o incêndio de 2013, houve um esforço conjunto para a recuperação do Mercado Público. Novamente, o prédio foi restaurado e revitalizado, com o intuito de preservar sua história e importância cultural para a cidade.

Rompimento do Dique na Zona Norte em 2013

Alagamento na Zona Norte em 2013
Imagem: PMPA

Em agosto de 2013, um evento trágico ocorreu na Zona Norte de Porto Alegre, resultando no alagamento das vilas Asa Branca, Brasília e Elisabete, localizadas no Bairro Sarandi. O incidente foi desencadeado pelo rompimento de um dique de contenção que represava as águas do Rio Gravataí.

O dique de contenção, responsável por controlar o fluxo do rio e evitar enchentes, acabou cedendo em um trecho de aproximadamente seis metros. Esse rompimento repentino permitiu que uma grande quantidade de água do Rio Gravataí invadisse as vilas mencionadas, causando um sério alagamento nas áreas afetadas.

As vilas Asa Branca, Brasília e Elisabete foram inundadas rapidamente, levando a evacuações emergenciais e colocando a vida dos moradores em risco. Muitas casas foram completamente submersas, resultando em perda de propriedade, danos materiais e deslocamento da população local.

Incêndio no Prédio da Susepe

Incêndio no Prédio da Susepe
Incêndio no Prédio da Susepe
Imagem: Fabiano do Amaral

Em 14 de julho de 2021, um incêndio devastador atingiu o prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do governo do Estado, localizado na Avenida Voluntários da Pátria, em Porto Alegre. As chamas começaram no quarto andar, em uma sala da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), e se espalharam rapidamente pelo edifício. Dois bombeiros morreram na ocasião.

O incêndio ocorreu por volta das 22h e, às 23h13min, parte do prédio desabou. Todas as guarnições do Corpo de Bombeiros da Capital, além de reforços de outras cidades, foram mobilizadas para combater as chamas. Infelizmente, dois bombeiros que estavam atuando no combate ao incêndio ficaram desaparecidos.

O fogo foi controlado pouco antes das 5h do dia seguinte, mas o prédio sofreu danos significativos. A SSP foi completamente evacuada, e não houve relatos de feridos entre os funcionários do local.

A causa do incêndio ainda não foi determinada, mas as investigações apontaram que as chamas começaram na sala da Susepe e se alastraram para as demais partes do edifício. O prédio contava com o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) em dia, de acordo com o comando dos Bombeiros.

O edifício abrigava diversos órgãos da Segurança Pública, como o comando da Brigada Militar, a Susepe, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Após o incêndio, o prédio permaneceu parcialmente destruído até março de 2022, quando foi implodido. A implosão ocorreu de forma controlada, derrubando os nove andares remanescentes da construção em sete segundos. Apesar da destruição, uma única parede foi preservada no meio dos escombros.

A remoção dos escombros exigiu a retirada de aproximadamente 20 mil toneladas de destroços. O incidente deixou uma marca triste na história do prédio e da cidade, destacando a importância da prevenção e do combate a incêndios em estruturas públicas.

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Priscilla Kinast

Priscilla Kinast

Priscilla Kinast é redatora de web sites há cerca de 8 anos, tendo ao todo 15 anos de experiência com produção de conteúdo para a internet. Graduada em Administração de Empresas (Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre), encontrou sua verdadeira paixão na administração de websites.

Devido sua experiência com redação de conteúdo, obteve registro profissional como jornalista pelo Ministério do Trabalho (Registro Profissional: 0020361/RS).

É porto-alegrense raiz, nascida e criada na zona norte da cidade, mas muito apaixonada pela zona sul e pela orla do Guaíba. Ama a cidade e está sempre em busca de trazer mais informações que possam ajudar seus conterrâneos a curtirem mais o que Porto Alegre tem para oferecer!

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