Violência Contra Mulheres no Brasil: Um Retrato Alarmante

A violência contra as mulheres transcende os números de estupro e abrange também a agressão doméstica. Abaixo, confira os detalhes.

No Brasil, a realidade alarmante da violência contra as mulheres persiste, conforme revelado pelo Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) de 2022. Com 67.626 ocorrências de estupro registradas no país, equaciona-se a uma média assustadora de um estupro a cada 8 minutos, segundo dados do Ministério das Mulheres.

O Sudeste, região mais populosa do Brasil, lidera as estatísticas com 22.917 casos de estupro. Em seguida, vem o Sul, com 14.812 ocorrências, seguido pelo Nordeste, com 14.165 registros. O Norte apresenta 8.060 casos, enquanto o Centro-Oeste registra 7.672 episódios dessa forma de violência. Esses números, compilados a partir de diversas fontes, ressaltam a gravidade do problema em todo o país.

O Raseam integra dados de diferentes instituições, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Saúde, IBGE e outros órgãos. A complementaridade dessas fontes oferece uma visão mais abrangente da situação, evidenciando a amplitude do problema e sua persistência.

Violência contra mulheres: Um Problema de Escala

A violência contra as mulheres transcende os números de estupro e abrange também a agressão doméstica. Segundo o relatório, 73% dos casos de agressão a mulheres adultas ocorreram dentro de suas próprias residências. Isso destaca a necessidade urgente de enfrentar essa questão, que se enraíza nas relações sociais de dominação e exploração.

Mulheres negras enfrentam uma carga desproporcional dessa violência. O censo populacional revela que elas representam a maioria da população brasileira e, ao mesmo tempo, são as mais expostas à violência sexual e doméstica. Essa disparidade é refletida também na taxa de mortalidade, onde mulheres negras são as mais afetadas.

A luta por igualdade de gênero também se estende ao mercado de trabalho. Apesar da presença significativa das mulheres, especialmente as negras, a disparidade salarial persiste. A lei estabelece a igualdade salarial como obrigatória, mas ainda enfrenta resistência de setores da sociedade.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destaca a busca pela igualdade como parte essencial do processo civilizatório. Enquanto a sociedade enfrenta esses desafios, a justiça social e a democracia continuam sendo pilares fundamentais para um país verdadeiramente civilizado.

O Raseam de 2022 oferece uma análise detalhada e alarmante da violência contra as mulheres no Brasil. Mais do que números, esses dados representam vidas afetadas e uma urgente necessidade de mudança. Enquanto o país enfrenta esses desafios, a busca por igualdade e justiça continua sendo uma prioridade para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

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Magdalena Schneider

Magdalena Schneider

Bacharel em Psicologia pela Faculdade IENH; especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá.
Natural de Dois Irmãos / RS, sempre quis morar em Porto Alegre, e em 2020 realizou esse desejo. Há três anos vem desbravando a capital gaúcha e compartilhando aqui suas experiências.

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